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Home > News > Festival Internacional de Cinema e Direitos Humanos do Uruguai tem como foco o debate sobre migração

Festival Internacional de Cinema e Direitos Humanos do Uruguai tem como foco o debate sobre migração

postado em 12/06/2017


Nesta terça-feira, 13 de junho, começa a 6ª edição do Tenemos que Ver, Festival Internacional de Cinema e Direitos Humanos do Uruguai.

Mais de 40 filmes e curtas-metragens de ficção, documentais e de animação vão colocar o olhar do público sobre a migração, que é o tema do festival neste ano. A equipe de CurtaDoc entrevistou a fundadora e diretora do festival, Francesca Cassariego, sobre as reflexões propostas pela programação e sobre o cinema como uma ferramenta para derrubar fronteiras.

SPOT TQV 2017 from Tenemos Que Ver on Vimeo.

1- Por que é essencial refletir sobre o tema da migração nos dias em que vivemos?

Francesca Cassariego – O mundo está vivendo ondas migratórias que são potencializadas pela midiatização. Entendemos como fundamental tratar a migração como um direito humano, não só em relação ao direito de escolher onde viver, mas também porque na maioria dos casos a migração está associada à violação dos direitos essenciais. O primeiro é o direito à vida, a qual em muitos casos é perdida na tentativa de chegar ao lugar de destino, mas também o direito à dignidade, saúde, educação, ao trabalho, entre muitos outros.

Propomos voltar o olhar para migração como um enriquecimento da diversidade cultural local e também como caminho real para o desenvolvimento global. Apelamos para a construção de uma atitude positiva das pessoas que recebem, consolidando o respeito pela diversidade em uma cultura de direitos humanos.

Integramos a pessoa que chega? Somos realmente livres para escolher onde viver? Vemos como iguais quem são culturalmente diferentes? Estas são algumas das perguntas em que nesta 6ª edição vamos levantar. A proposta é indagar sobre as possíveis respostas, as possibilidades de soluções para a ofensiva xenófoba que existe na região.

2 – Como a programação irá contribuir para esta reflexão?

FC- Através do programa, seremos capazes de ter contato com a realidade de imigrantes ilegais na Europa, as dificuldades e os conflitos internos com os quais se encontram. A vida de uma mulher ucraniana imigrante na Alemanha, com uma dura realidade, depois de ser demitida do seu emprego e pressionada por sua situação econômica, acaba esquecendo de si mesma para poder sobreviver. Apresentaremos diferentes realidades que mostram desde a solidariedade e a cultura comunitária, até a guerra, discriminação e devastação. Conheceremos um grupo de mulheres que cozinham para os migrantes que viajam no trem do México para Estados Unidos, e também o destino de dez crianças que tiveram que deixar seu país após os bombardeios, em alguns casos tendo que enfrentar diferentes situações até chegar a um país.

Através de mais de 40 filmes e curtas-metragens de ficção, documentários e animação, procuramos fornecer uma diversidade de realidades em todo o mundo. Colocando o olhar em cada um/uma de nós como promotores da mudança e construtores de uma maneira melhor de convivência, em fronteiras.


3 – Competição Nacional de Curtas-Metragens de 1 minuto 1 direito. Você poderia explicar a proposta nesta categoria?

FC- A Competição Nacional de Curtas-Metragens 1 minuto 1 direito nasceu com o objetivo de promover o trabalho artístico com conteúdo social. Em quatro categorias que abrangem os diferentes níveis de educação formal, propomos que os centros educativos trabalhem junto com grupos de estudantes para a realização de um curta-metragem sobre um direito humano. Uma iniciativa que cresce ano a ano em propostas e participações.

Um concurso que transcende o próprio Festival, colocando como protagonistas crianças e adolescentes, como uma maneira de dar voz a essa parte da população que muitas vezes é ignorada.

4 – “Os filmes não podem mudar o mundo, mas as pessoas que os assistem sim…” O que essa frase pode nos dizer sobre o significado do cinema proposto por Tenemos que Ver?

FC- É a frase que justifica a existência do Festival Tenemos que Ver, acreditamos que o cinema é uma ferramenta poderosa na hora de mostrar diferentes realidades. Ele nos coloca em situações a partir de outro lugar, de outra sensibilidade, e assim nos aproxima da vida do “outro”, derrubando barreiras que em alguns lugares nos colocam como intransponíveis. O cinema que propõe Tenemos que Ver nos convida à reflexão, a questionar enquanto seres humanos, a nos desafiar, e nos define capazes de construir novas realidades, posicionando-nos como responsáveis e não como meros espectadores da vida política e social que vivemos.

Entendemos que os Estados devem assegurar o respeito pelos direitos humanos, mas somos parte da sociedade, parte ativa, cidadãos com direitos e responsabilidades, e devemos assumir nossos atos, reivindicar os direitos violados e lutar por uma convivência baseada no respeito e na tolerância.

Talvez seja uma visão utópica da vida, mas nos apoiamos na crença de que um mundo melhor é possível, através do trabalho com o “outro” propomos criar um espaço de encontro, de aprendizagem e intercâmbio, onde possa ecoar as diferentes formas de ver e sentir o mundo.

VER A PROGRAMAÇÃO COMPLETA

Francesca Cassariego, fundadora e diretora do Tenemos que Ver, Festival Internacional de Cinema e Direitos Humanos do Uruguai. Licenciada em Artes Plásticas e Visuais com pós-graduação em gestão cultural. É professora do Instituto Escola Nacional de Belas Artes e designer gráfica. Ativista pelos direitos humanos. Coordena a área de educação para crianças e adolescentes do Tenemos que Ver, criando oportunidades de interação através de debates de cinema. Está atuando como produtora audiovisual e em 2016 realizou a distribuição do filme documental Todos Somos Hijos. Atualmente, está desenvolvendo a produção de um novo longa-metragem documental.

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Tags: américa latina, cine, cinema, derechos humanos, direitos humanos, festivais, festival, programação, TENEMOS QUE VER, uruguai, uruguay

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